sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Quando Aperta-te o Peito

"Aspire os meus erros e os joguem fora
Limpe os vestígios, lustre os absurdos
Com esforço talvez se tornem glórias"


Pois se passam os tempos e os meus erros só mudam de quantidade e tamanho
Os vestígios continuam sempre presentes em forma de pequenas pontadas casuais
Os absurdas são mais raros, mas quando chegam são devastadores
As glórias? Se resumem a pequenas resoluções de problemas velhos até demais

Minha vida está cada vez mais próxima de um campo de batalha
Meus amores parecem cada vez mais distantes e ausentes
Meus amigos são tentam fazer com que o esforço de uma vida valha
Mas por estarem, necessariamente, ocupados não podem também estar presentes

Minhas escolhas são cortadas, limitadas, destruídas
Futuro é uma palavra que hoje só me da medo
Minhas palavras saem como se fossem partidas
Sentimento e razão, como se partidas ao meio

Pelo que lutar? O que melhorar? No que se engajar? Por qual mão morrer?
Eu tenho o direito de interferir em algo que não está em minhas mãos?
Trilho caminhos estranhos. Faço escolhas banais. Vivo só por viver.
Penso no que já pensaram, me guio por alguns puros pensamentos vãos

Tento me esconder de mim, de ti, de alguém e de todos
Acabo escondendo todos de mim e conhecendo minha vaidosa ira
Penso em sete, que são oito juntos e uns separados aos poucos
Continuo acreditando na minha própria mentira




(Trecho em itálico retirado da música "Poema de Batalha" da banda Transmissor)

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