sábado, 30 de novembro de 2013

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Eu te prometi um presente e dele, faço uma despedida.
Todo sentimento que eu guardei e nutri, agora jaz aqui
Tudo o que construímos juntos foi embora
Não há sentido nesse fim, apenas um fim

E eu me escondo em outras dores, teimo em não ter outros amores
Pois a sua marca ainda está ardendo.
Nem que eu me corte todo novamente, prefiro a dor ao peito ardente
De um delírio que só vem crescendo

Pois então
Uma brasa leva a outra
Uma noite leva a outra
Uma taça leva a outra
Mas as memórias são as mesmas

E eu me condeno a não ter outra
Pois minha vida se fez pouca
Depois de tudo o que você levou

E aqui eu deixo tudo pra que as palavras lavem tudo
Tudo o que você matou
Pois sei que dentro já estou morto
E foi você quem me matou

Nosso passado sempre se repete, meu amor
Só o que eu não posso repetir
É essa dor que você sempre me fez sentir

sábado, 16 de novembro de 2013

Memorial In Aqua Scribere

Passados esquecidos, lembranças maltratadas, sentimentos perdidos e paginas viradas
Tempos que não voltam e de poucas alegrias, que abram-se as janelas pra chance desse dia
Eu leio meus lamentos desses anos que passaram e claro que entendo que os últimos melhoraram
Aqui tudo é tão eu e eu escrevo pra assim ser, se o senhor me leu logo é parte desse ser

Nada eu terminei e tudo eu deixo aqui, se em textos me encontrei, sem eles me perdi
Nada eu terminei e talvez nunca termine, não sei se esquecerei, mas tenho o que me ensine
Essa é a minha parte viva que faz parte desse mundo, o resto a vida priva no que há de mais profundo
E eu me misturei em cada um de meus recortes, me recortei e segui atrás de rumos e nortes

E agora tudo isso fica aqui tão esquecido, pois esse autor omisso finalmente tem vivido
Mas nada perde a essência, nem o seu valor. Mudou-se a consciência, mas nunca o amor
As minhas verdades são parte dessas frases... Até sinto saudades de algumas dessas fases
Mas o tempo mudou muito e o autor também, do passado fica o vulto pro futuro ir além