sexta-feira, 10 de maio de 2013

Feitos e Vaidades

Eu escrevo pequenos feitos
Pois poemas são vaidades
Eu descrevo os meus defeitos
Pra procurar as qualidades

Defeitos e Qualidades

Todos conhecem meus defeitos
E eu não sei minhas qualidades
É difícil separar meus "grandes" feitos
Das minhas infindáveis vaidades

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Respira Fundo e Conta Até Dez

É, rapaz, o tempo já passou e quem perdeu a hora foi você. Toda a sua perfeita e intocável segurança das escolhas certas desabou em tão poucos segundos. Quem é que você tinha na mão? E agora, na mão de quem você está? Ridícula, incerta, inconstante vida pobre de razões. Era por isso que você se guardava tanto? Era por tão pouco que você desperdiçou tantos sorrisos? E os sorrisos que foram privados devido a sua cara fechada, são agora distribuídos sem dó pra tantos outros pela rua. Lamentável

Agora senta, pega o violão e relembra a velha serenata. Relembra aquela música que embalava uma ponta de felicidade pelas madrugadas. Relembra que você é muito pouco sozinho e que quem te completa pode já ter ido embora. Vai e toca aquela música que por descuido hoje jaz no fundo das suas inúmeras gavetas. Quantas gavetas... Espalhadas dentro delas as coisas que você fez questão de esquecer, mas que agora despontam em sua memória causando essa dor no ego. Ridícula vida pobre de chances.

Você desperdiçou as suas chances (e alegrias). Poderia ter sido mais, muito além desses dedos cheios de calos e desses pesos infindáveis nas costas. Resgata esse fantasma que era sua razão de viver e derrama ele no papel, mais uma vez.

Quem sabe assim você durma melhor