sábado, 24 de dezembro de 2011

Piada de Final de Ano

Tudo acaba uma hora ou outra. Os dias acabam, as horas passam, os anos mudam. Até a gente vai acabar. Tudo o que nós fizemos vai desaparecer aos poucos. Tudo o nós já fomos, tudo o que somos e o que seremos... isso é nada. A vida é instantânea. Tudo passa e se desfaz. Problemas se resolvem, tempestades cessam, até estrelas explodem. A música tem sua nota final, a poesia passa e a nostalgia fica, mas logo logo vai embora. As nossas idéias somem. Nossas certezas mudam, mas eu sei que no final de tudo isso, eu ainda vou me perguntar por quê.

Ainda não consegui achar um motivo pelo qual eu realmente deva mudar. Não há porque criar algo que vá ser destruído. Não há porque lutar por uma vida com prazo de validade. Não há porque me esforçar por vivências mundanas e efêmeras. Ainda me pergunto qual é a grande piada por detrás da existência. Será que é engraçada, ao menos? Será que eu pelo menos vou rir no final dessa peleja cósmica entre a razão e o que é convencionalmente incompreensível? Tudo isso tem que valer a pena, pois nas condições atuais, nem se tudo fosse diferente, valeria qualquer coisa.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Exaustão

Quem eu estou tentando enganar?
Eu, você ou todo mundo?
Com essa certeza vulgar
Esse desejo imundo

Por mais que eu queira mais que tudo
Seguir firme do teu lado
Não posso ser cego, surdo e mudo
Quando eu sei que estou errado

Como posso acreditar
Em qualquer um de seus sinais?
Como não me preparar
Se os finais são sempre iguais?

Como apagar o passado
Quando eu sei do que és capaz?
Como posso deixar de lado
O mal que isso ainda me faz?

Hoje, emocionalmente exausto
Em quais braços me protejo?
Sigo esse destino infausto
Olho pro futuro e não te vejo...