quinta-feira, 21 de junho de 2018

Bagunça

Subi no alto de mim mesmo pra ver de onde vem a tempestade
E daqui vejo a bagunça que tenho feito pra mim mesmo
Enxergo muito bem outros caminhos que me esqueço
Enquanto a dura tempestade toma conta de minha vida

Daqui de cima o céu é claro, não há mais nuvens de tristeza
Nada mais dissipará o paraíso de minha mente
Enxergo muito bem os passos a seguir daqui pra frente
Enquanto aos poucos passa a chuva e chega a seca de minha alma

E no alto de mim mesmo venho me reencontrando
Descobrindo que nem sempre essa bagunça me contém
Enxergo que tenho guardado muito mais do que convém
Enquanto aos poucos cessa a névoa e o futuro nos acena

Escrevo tudo como penso, tudo que tenho sentido
E pode nem mesmo ter motivo tanta coisa misturada
Encerrada a onda errada a vida segue bagunçada
Escrevo coisas misturadas pra no fim fazer sentido

sexta-feira, 15 de junho de 2018

15 Mil Palavras

Vão se os tempos e as pessoas e a gente ainda fica aqui
Trocando cartas que nunca disseram nada do futuro
Uma hora te distrai, na outra eu que sou durmo
Mas vão se os tempos e as pessoas, enquanto a gente fica aqui

Deve haver um tempo pra gente chamar de nosso
Que não sejam alguns dias do passado já passado
E nem qualquer um dos dias que você tenha lembrado
Tudo isso é muito pouco pra explicar esse negócio

A gente segue se vendendo ao que trouxer compensação
Ignorando que no fundo só essa troca que compensa
Eu te falo o que eu sinto e você fala o que pensa
E depois de tanto fim deve haver satisfação

Ou dois tragos do cigarro que eu fumo nesta prosa
Ou quinze mil palavras que você tem pra dizer
Ou tudo aquilo que a vida nos reserva pra viver
Qualquer coisa que no fundo seja realmente nossa