quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Caco da Solidão (repostagem)


O Caco da Solidão

Ao silêncio dos barulhos que eu não escuto e ecoam no meu quarto

A solidão desses dias é forte
É fria
É mórbida
É bela e cinza


A Solidão da Alma



O silêncio só não era maior que o vazio
A beleza da solidão
Pra cada beijo morto e abraço frio
Tudo morria em papel, inspiração



Dentro dele já não havia calor
A solidão fechou as portas
E ninguém mais quis bater
A sombra da solidão espantava


A solidão desses dias é dolorosa... Me destrói aos poucos.

Mas devo encarar como a vida que escolhi. O tempo de solidão é necessário,
A solidão é necessária,
O frio, a claustrofobia
O vazio, a nostalgia.
Tudo se fazia preciso e presente
Tudo são passos dados pra frente...


A solidão da minha alma é certa
Sofro pela escolha que tomei
A solidão da minha alma é bela
Sofro pelo caminho que trilhei
A solidão da minha alma é justa
Sofro por tudo o que lutei
A solidão da minha alma é pura
Minhas escolha definirão o que serei

Esqueça as provas e limpe meu nome
O resto é silêncio

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Despedida

"A todos
De minha morte não acusem ninguém, por favor, não façam fofocas. O defunto odiava isso.
Mãe, irmãs e companheiros, me desculpem, este não é o melhor método (não recomendo a ninguém), mas não tenho saída.
Lília, ame-me.
Ao governo: minha família são Lília Brik, minha mãe, minhas irmãs e Verônica Vitoldovna Polonskaia.
Caso torne a vida delas suportável, obrigado.
Os poemas inacabados entreguem aos Brik, eles saberão o que fazer.
'Como dizem:
caso encerrado,
O barco do amor
espatifou-se na rotina.
Acertei as contas com a vida
inútil a lista
de dores,
desgraças
e mágoas mútuas.'
Felicidade para quem fica."



Vladimir Maiakovski