sábado, 21 de março de 2020

Poesia dos Excessos

Eu, a beira do colapso, te busco novamente
E me entrego, sem pudor, torpor de meus sentidos
Volto então a desenhar caminhos divididos
Pra acalmar a tempestade que desaba em minha mente

Eu darei início a busca do fim que é só o começo
Nunca me ensinaram a negar meu desejo
Sei que ao fechar os olhos, será você que eu vejo
E acordo de manhã com as dores que mereço

Excessivamente lúcido, no fundo tudo é só rotina
Já não há saída dessa sina, já não há saída dessa sina
Excessivamente lúcido, no fundo tudo é só rotina
Já não há saída dessa sina, já não há saída dessa sina 

Mas afinal, agora é só disritmia, afinal agora tudo
Que eu queria era ter mais, quem sabe um pouco basta
Afinal, eu sigo noite a dentro a linha vasta
E vejo o que não está aqui, sentindo falta, falta…

Eu, a beira do colapso, te busco novamente
E entrego o que pedir de mim, sempre tão sorridente
Volto a desdenhar quase completamente
Eu já não quero mais, só quero diferente

Excessivamente lúcido, no fundo tudo é só rotina
Já não há saída dessa sina, já não há saída dessa sina
Excessivamente lúcido, no fundo tudo é só rotina
Já não há saída dessa sina, já não há saída dessa sina

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