sábado, 21 de março de 2020

Emboscada

Não há em mim esse bom senso, que todos dizem ter,
Me nego a ter limites, pois me sobra tanto instinto.
Tenho este tolo coração, tão incerto do que sinto,
Mas que bate em sintonia com o que tenho pra dizer

Ansioso e exagerado, aceito estes adjetivos,
Mas não sou dissimulado e nem pretendo a ilusão.
Sei que escrevo poemas, mas não vivo a ficção,
E nem tento controlar os meus impulsos criativos.

Apenas tenho a garantia de que os versos são honestos.
Canto, sem nenhum remorso, todo esse confessionismo
Planejando, unicamente, conquistar tua atenção.
Como o vilão que, displicente, conta seus planos funestos
E termina derrotado em algum ato de heroísmo,
Eu afirmo a ti, Monelle: roubarei teu coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário