sexta-feira, 20 de março de 2020

Desventurados

Não há descanso para os desventurados
Nem para os trepidantes, com seus corações na mão
Não há alívio para os que desejam de antemão
Os amores que, ao futuro, são jurados.

Mas há teus olhos, que a mim tem de bastar
Há teus olhos, demasiadamente escuros
Estes olhos que preveem nossos futuros
Que me fitam, sem nada revelar.

Há tanta sombra disposta nessa estrada,
Um porção de outros caminhos pra seguir
E apenas um, dentre eles todos, tem você.
Eu nunca soube, mas a história reservada
Diz sobre coisas que eu sempre quis sentir
Mas ainda não tinha, realmente, a quem dizer.

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