quinta-feira, 5 de março de 2020

Crias do Silêncio

Como a cor dos olhos teus, meus dias tem brilhado.
Devo ter muito cuidado pra não me precipitar...
Temos histórias terríveis escondidas no passado
E essa dor de cada dia, que teima em continuar.

Somos dois abandonados que Deus quis aproximar,
Duas crias do silêncio, que sabem como é estar sozinho.
Acho graça do destino, que te pôs no meu caminho
E inicio outro processo de me permitir gostar

Te escrevo, pois não posso permitir que a sensação
De não ter criado em ti algum alento, prevaleça.
Silencio cada voz que rege o meu coração
E ergo a ti a minha mão, meu ombro e tudo que interessa

Não se afunda mais sozinha, conta com minha presença.
Nem sei se te faz diferença, mas me presto a te ajudar
Sei que ainda é cedo, mas não paro de pensar
Que pra te ver sorrir, toda espera compensa

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