sábado, 6 de fevereiro de 2010

Caiu...

Caiu...

Caiu enfim na angústia de se trancar e esperar por qualquer resposta de qualquer lado
Caiu na tentação de pegar o telefone e digitar qualquer número para ver se alguém o atendia
Caiu na realidade, sem paraquedas, o tombo foi tão grande que nem ao menos conseguiu se manter acordado, e viver parte da vida tomado pelo sonho de que tudo corria bem, se é que algo correu...
Mas acabou por cair da cama também, e acordou, já no fim.
Mas que fim? Ele mal havia começado a viver e já tinha milhões de problemas pra resolver!
Pensou em sair, mas não sabia onde estava e muito menos pra onde ir. Se trancou então na sua fortaleza que há muito parecia mais o inferno do que o céu, mas ele queria imaginar e criar sua própria realidade.

Caiu ao chão para chorar, o corpo alí parado, soluçando... esse era o primeiro sentimento real de sua vida, a dor, a angústia, o arrependimento de não ter se dado conta de que tudo era um sonho...
Tudo em sua vida havia sido tão fácil, ele nunca imaginara que teria de lutar pra conseguir algum espaço pra respirar.

Mal sabia que o infinito dos sentimentos o esperava. Sempre havia pensado que o infinito não era pra ele, porque era pra sempre e ele não (nem nada que partisse dele)

Mal sabia que a eternidade dos 18 anos que vivera não eram nada...tudo era mentira inclusive as suas mentiras eram mentiras... e as palavras que julgara mentiras, bem, elas não passavam de mentiras também. Seu mundo era mentira, mas ele não, ele era verdade.

Aquele mundo não lhe pertencia

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