Poesia Rima Com Nostalgia parte 2 - Fevereiro
No mês que tudo se acaba
E nada ainda começou
Eu me entrego à nostalgia
De tudo o que passou
De todos os maus momentos
Já não quer mais lembrar
A cada mês um sofrimento
E nada parece acabar
Pois minha vida é um xeque-mate
De lados sempre alternantes
E cada um dos meus ataques
São momentos desgastantes
Sempre quis você e só
Lembra-se que lhe escrevi?
Queria tudo de você assim
Mostrei tudo que senti
E você dançando, sua cruz
E já não mais sonhava
Sempre lhe faltou um par
E mesmo assim valsava
Minha angústia ninguém mediu
Ninguém viu minha desolação
Todos a me torturar
Cortavam meu coração
Acabo-me aqui, em poesia mal escrita
Contrastando alegria e sofrimento
No cinza que se tornou dia a dia
Eu sempre me vejo nesse tormento
Nas madrugadas vejo o tempo passar
E ainda assim vivo cada dia
E a filosofia dos contos inacabados
Aqui e viva jamais serviria
E no meu terceiro ato
Da história dos presentes
Mostro a dúvida encenada
Só por magos decadentes
E nesse espelho que me vejo
Refletido nesse quadro
Vejo a vida em cada fato
Nesse quadro em que me enquadro
Acabo no bar com meu irmão
Solução de todos os momentos
Não é engraçado a vida unir
Dois péssimos elementos?
Perder dois anos não é fácil
Ele teria então que muito lutar
Para recuperar o seu papel
Para reconstruir o seu lugar
E nós que começamos tudo errado
Não temos mais nada pra mudar
Nossas vidas agora não servem mais
Devemos sempre caminhar
Depois de tantos futuros mortos
E de corpos, copos na estante
Peguei os retratos e coloquei na parede
E agora aguardo o próximo instante
No mês que tudo se acabou
E nada ainda começa
Eu me entrego à nostalgia
De tudo o que nunca passa
E cada um dos maus momentos
Já não quero esquecer
A cada mês um sofrimento
E assim temos que viver
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