terça-feira, 6 de abril de 2010

Espera(nça)

Era tão engraçado como tudo acontecia.

Ele, sempre sorridente, chegava sabendo que iria encontrá-la. Como isso alegrava seu dia, saber que poderia perder algumas horas admirando qualquer singelo movimento realizado por ela. Qualquer sorriso ou olhar, qualquer frase que esboçasse algum sentimentalismo, qualquer inconsciente manifestação de importância. Como ele esperava por isso. Como ele esperava por ela. Como ele esperava.

Um dia ele chegou, sabendo que seria um dia importante, mas esperando que as mudanças que aconteceriam tornassem o bom em maravilhoso. Por isso ele espera até hoje. Num simples piscar de olhos ela passou e foi embora. Mas não foi uma despedida qualquer. Segundo ela, agora era “definitivo”, mas que um dia quem sabe poderia voltar. Engraçado.

Talvez um dia ela volte pra ele. Mas e agora? De que valeria esperar de braços abertos por alguém tão incerto? De que valeria esperar? De que valeria afinal? Qualquer coisa ou alguma coisa qualquer. Qualquer que fosse essa coisa, não valeria apena.

E ele agora espera que alguém o procure como ele já procurou alguém.

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