quarta-feira, 21 de abril de 2010

O Poeta Morto

Já não havia mais idéias
E nem mesmo ideais
As palavras todas velhas
As frases todas iguais

Eis que em total desespero
Pôs-se então a escrever
Se livrar por inteiro
Do que o fazia sofrer

As lamúrias encheram livros
As tristezas são retratos
As noites a sós viraram discos
E a dor estampou os quadros

Ele procurou versos alegres
Algo pra lhe fazer sorrir
Encontrou só notas breves
Sobre um futuro que iria vir

Os bons sentimentos, ele jogou fora
E então aos poucos ele morria
E quem olhar para ele agora
Enxergará um pilha de cinzas fria

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