sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Pegadas

Tuas mãos se calam, sem se mover
Seus pés então param, sem ter pra onde correr
Estás parada em meu mundo a esvaecer
Sua boca se meche, mas a voz só mente

Não está aqui, nem em lugar algum
E vês cada um passar sendo só um
Pertences a si e a homem nenhum
Enquanto o chão segue em sua frente

E eu estou aí, na sua sombra, no muro
Decidido a pular, a refazer um futuro
Contudo seu rastro se esconde no escuro
Siga. A mente para, mas o corpo consente

Teus braços, nem sei se me tem
Nem sei se o queres também...
Pois se teus olhos não me vêem
Teu coração não me sente

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