sábado, 6 de novembro de 2010

Nada Real

Era só um homem, só um sentido
Olhos manchados sentimento escondido
Era só um e só mais um a sós
Mãos tremulantes e um medo na voz
Era algum alguém, alguém qualquer
Que vive o dia sem saber o que quer
Era brilho talvez ou só reflexo
Tão simples por ser complexo

Ela não era o que queria ser
Não devia, não podia, queria temer
Não era nem foi, nunca feita pra dois
Não era de pensar no que fazer depois
Tendia pro nada, esquecida ou lembrada
Rodava sempre assim, na mesma estrada
Sempre parando nos mesmos pontos
A mesmas personagem de tantos contos

Eles? Acaso, costume, destino
É assim, ou salário ou cassino
Eles eram limites, ou só limitados
Eram raríssimos sorrisos roubados
Eram a síntese do que não se controla
Coração ou cabeça, saudade que assola
Os dois que nunca seriam dominados
Mais uma vez hoje juntos, tomados

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