quarta-feira, 9 de junho de 2010

Zarpar

Me repito, me igualo
Me encontro nos padrões, admito
E sobre todos os bordões, me calo

Repouso em águas, seus mares
Guardo marcas
As velhas barcas não voltam

Me sufoco dos mesmos ares
Amolo as facas
As suas não me cortam

Me prendo em esquinas e bares
As velas fracas
Que meus olhos não suportam

Meu ser deixou de ser
E eu já nem quero ver
Como tudo acabará

Minha alma se desprende
Minha essência se rende
Qualquer um me levará

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