terça-feira, 23 de maio de 2017

Soneto Ao Que Restou

Sigo assim, pois já não há escapatória
Confirmo meus subterfúgios, me entrego à sorte
Que é que vocês querem de mim? Como posso ser forte?
Não espero mais as glórias, viver é minha vitória


Não dá pra separar as coisas, tudo soma e nada subtrai
Tira de mim esse peso de buscar afirmações
Traz pra mim a paz e algumas soluções
Já não sei se atraio o erro ou se o errado me atrai


Desejos que não compreendo, seria voz de minha alma?
Grito palavras de ordem, mas é só encenação
É tão difícil escutar os conselhos mais honestos
Quando explode a revolução, eu busco em mim apenas calma
E amanhã tem tanta gente que quer ver minha reação
Me deseje força, amigo, não dá pra viver dos restos.

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