quarta-feira, 31 de maio de 2017

Estranhamentos

Então já que você não confia, vamos pelo caminho incerto
Não tem nada que nos ligue e nada que nos aproxime
Mas de repente a vida age, no fim não subestime
Porque no final das contas a gente ainda está bem perto

Eu vou atravessar esquinas que parecem com as tuas
E sem saber por onde andas a gente pode se esbarrar
Sem conhecer minha silhueta você pode me encontrar
Pode ser em outro país ou em um boteco em sua rua

Soa tão obstinado o destino que me envolve
Mas nada disso é resoluto, eu só me arrisco enfeitiçar
Talvez porque no fundo eu gosto mesmo de arriscar
Mas não há um só tropeço que o tempo não resolve

O importante é que aqui estamos, com ou sem estranhamentos
E se não dá pra ter cerveja que o chá esteja quente
E que toda essa demora só termine de repente
Pra dar lugar ao que vier nos próximos momentos

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