Eu me enquadro bem em vícios, tem sido sempre assim
Vou perdendo a silhueta e já nem me reconheço
Já não paro mais em casa porque vejo minha bagunça
Me falta força todo dia pra aceitar o recomeço
É remorso ou é receio, ou talvez nem tenha nome
Talvez seja só preguiça de fazer o que é correto
Talvez seja o dia a dia que me agride e me consome
Esqueci como ser gente, vou virando um objeto
Desejando o fim de tudo, isso me é tão corriqueiro
Esperar que um acidente seja o meu ponto final
Eu poderia negar, mas pra mim é tão normal
Afirmo com tranquilidade que o vazio é meu inteiro
Vou dormindo e acordando, já não sei se isto é viver
Sobrevivo questionando se isso é química ou tristeza
Desfazendo meus anseios, me restou uma certeza
Seria maravilhoso apenas desaparecer
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