sábado, 23 de outubro de 2010

Oito Caminhos Adiante

No começo era medo
Compartilhado segredo
Nada demais até então

Depois de outra maneira
No precipício, na beira
Nós, tão longe do chão

Nosso tempo passou lento
Do tempo veio mais tempo
E nós sem mais tempo pra dar

E havia tanto espaço
Ainda erramos o passo
Acabamos sem um lugar

E havia tanto caminho
Bem dentro daquele vinho
Agora nada nos resta

Nem momento de pura paz
Nem nada que me satisfaz
Nem beijo, choro ou festa

Só sigo adiante por mim
Ou por não temer mais o fim
Ou por ter outro sorriso

Sei o que carrego nas mãos
E outros dias, loucos ou sãos
Serão tudo que preciso

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