terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cedo

Ainda há medo dentro de mim
Ainda tenho o mesmo olhar triste
Não sei nada sobre um fim
Sei: existe

Sei que o par é como o ser
E sei o que isso pode parecer
Se o ser acaba de repente
Seria o par diferente?

Sei também que cada fim
É muito mais que só, assim...
É muito mais que fim, e só
É um recomeço...
Da cinza, do pó
Outra chance de evitar o tropeço

E ainda há caos dentro de mim
Suficiente pra nós dois
Pra tudo o que passar agora
E pra depois.

E ainda é cedo pra esperar
E pro que não foi, mudar, crescer
É cedo, muito cedo
Pra sofrer

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