Pouco espaço e pouco tempo, nossa luta mais moderna
Dizer alguma coisa nos segundos que nos restam
Como cativar seres que já não conversam
Saudade do passado é a única coisa eterna
Talvez fosse diferente há quase cem anos atrás
Caminharíamos mais próximos sob a luz das luminárias
Sem querer se contentar com uma história ou várias
Mas sabendo que sempre viria muito mais
E as telas hoje diminuem, tudo deve se adequar
Eu prefiro o toque aos livros do que aos computadores
A resolução aumenta mas não esconde o show de horrores
Que é trabalhar para viver e viver pra trabalhar
Talvez o que nos falte seja alguma coisa nova
Um antidoto anticientífico que acabe com esse tédio
E assim mantemos o homem sempre a base de um remédio
Pensando bem assim, nada nunca se renova
E assim Belo Horizonte vive pelas madrugadas
A boemia e a gritaria pelos bares da cidade
Sem poesia o romance vive com simplicidade
Nós já nos esquecemos coisas que eram adoradas
A nostalgia não é só minha e não sugere derrotismo
A força do progresso que aloca tanta gente
Que perturba os meus iguais e ainda assim segue em frente
Que venha outra revolução enxaguar nosso cinismo
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