quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Conveniência

São os últimos momentos
Os últimos suspiros de algo que já parece morto
Então, eu busco o porto
E espero que outros caminhos se façam com os ventos


Não há porque sustentar o que já desabou
Segurar o peso de tua culpa em meus ombros
Se meu desejo que era forte já se apagou
Nosso amor aos poucos se reduz a escombros

Não somos mais o que éramos a alguns meses
Ainda podemos tentar acertar algumas vezes
Mas talvez errar seja melhor pra nós dois
Pra ter de fato algo pra corrigir depois

Nós buscamos perfeições inexistentes
Nos queremos tanto de formas incoerentes
Esperamos mudanças e consolidações
Esquecemos lembranças e emoções
Somos o resto de anos de insistência
Em busca de um sentimento por conveniência

Nenhum comentário:

Postar um comentário