sábado, 18 de dezembro de 2010

Cabaret

Em meio a tanta música
Cigarros, whisky, pouca luz
Versos ruins
Bêbados condenados
A vida noturna que não acaba
Não começa, não tem fim
As marcas vermelhas de batom

Minha vida é múltipla
Cigarros, whisky, minha cruz
Dias ruins
Poemas apaixonados
Carta soturna da estrada
Que não começa e não tem fim
Esperança de mudar de tom

Sua presença é única
Cigarros, whisky, tua luz
Em botequins
Homens entregados
A taciturna vida passada
Que atravessa, passa por mim
Procurando algo de bom

Entro em metafísica
Cigarros, whisky, o que isso induz
Os bandolins
Sons sujos, embaçados
A vida noturna acabada
Que recomeça e vai ter fim
Que nasce e morre em som

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