sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Poesia Rima Com Nostalgia Pt. 7

O tempo continua pra todos
E todos passam por mim
Aqui não há relógios
E nada parece ter fim

Julho... Divisor de tempos
Horas passam devagar
Mais compassos solucionados
Tudo pode enfim melhorar


Minha crueldade vulgar
Nos levou até o fim
É triste pra você
Mas as coisas são assim

Recobrei a consciência
Criei intento
Agreguei vontades
E chegou o momento

Agora sente-se, sinta-me
Veja os muros da paz
A sensação, senso, ação
Os mundos dos demais

E agora lembre-me
De tentar esquecer
De ser assim
Ou ao menos tentar ser

Veio fácil, foi embora
E agora, será que algo restou?
Engraçado a princípio
E veja agora onde estou

Mate-me, pelo menos isso
Não acabe com a confiança
Não me torture
Não tire a esperança

Lembre-se de como eu fui
Mesmo que por pouco
Velhos pros anos que consomem
Talvez apenas um louco

E eu me pergunto sempre
Qual o motivo, a razão?
E quando estava caído
Fostes chute ou mão?

Ou então, bem melhor
De onde veio tanto azar?
Nunca entendi como é
Essa tendência a piorar

O mundo passa na janela
E eu de longe, na moldura
No esquife, preso, cinza
Não diferencio o real da pintura

Aqui de sorriso morto
De face dura e gasta
Pra mim não há palavra
Pra ti só ela não basta

Não há exemplo em nada
A peça se dissolveu
Minha existência ocorre
O Mundo desapareceu

E ainda assim compartilhamos
A mesma vontade, violência
Presos na mesma tempestade
E sofrendo pela mesma essência

É preciso coragem
De seguir em frente
Não adianta só querer
Preciso enfim ser diferente

O tempo vai parando aos poucos
E os tempos já não tem fim
Aqui não há pressa
E nada sobra em mim

Julho... morto por tempos
Horas tendem a passar
Mais compassos mal contados
Tudo pode enfim desandar.

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