terça-feira, 31 de agosto de 2010

Penúltimas Notas

Há dias que simplesmente não acabam...
As nuvens parecem não se mover
O Sol não quer descer, a Lua não vai nascer
As palavras, as pessoas, desabam.

Sentado em meu abismo virtual
Eu me repito em cada ritual
E é tão igual, até o que se muda
Essa constante necessidade de ajuda

Essa busca pela imperfeição
Pelo humano racional sem razão
Pelo sentimento essencial
Que não é da essência real
Já me levou longe demais
Por enquanto quero paz

Distancia dessa maré de eus
Que transbordam de mim
Distancia de espectros seus
De tudo que não me pertence enfim

De tudo que foi, tudo o que era
De tantas vidas vistas pela janela
E ainda assim buscar por ela
Aguentar toda essa espera

Porque o que há de imperfeito
Me basta por um momento
E o que guardo como defeito
Talvez seja só alimento
Pra uma chance de mudança
Alguma sutil e suja esperança

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