Há dias que simplesmente não acabam...
As nuvens parecem não se mover
O Sol não quer descer, a Lua não vai nascer
As palavras, as pessoas, desabam.
Sentado em meu abismo virtual
Eu me repito em cada ritual
E é tão igual, até o que se muda
Essa constante necessidade de ajuda
Essa busca pela imperfeição
Pelo humano racional sem razão
Pelo sentimento essencial
Que não é da essência real
Já me levou longe demais
Por enquanto quero paz
Distancia dessa maré de eus
Que transbordam de mim
Distancia de espectros seus
De tudo que não me pertence enfim
De tudo que foi, tudo o que era
De tantas vidas vistas pela janela
E ainda assim buscar por ela
Aguentar toda essa espera
Porque o que há de imperfeito
Me basta por um momento
E o que guardo como defeito
Talvez seja só alimento
Pra uma chance de mudança
Alguma sutil e suja esperança
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário