À amiga Beatriz Cruz de Sá
Dias em silêncio, noites de ternura,
Nestas armaduras, que chamo de corpo,
Tu estendes um lenço, sabes que a vida é dura
E que não há bravura que me cure por dentro
Muito foi falado, pouco me foi dito,
E eu corri perigo, só porque sentia tédio.
Muito foi falado, nada foi ouvido,
Meu ópio favorito é a ausência de remédio.
Mas você permanece, em silêncio, ao lado meu
E já não tenta amar outra pessoa, que não sou.
Renovo minha prece, vou negociar com Deus,
Aceitar que aconteceu e esquecer o que passou.
Se ao menos eu pudesse te abraçar de corpo e alma,
Concordar, com calma, que estes males vem pra bem.
Se ao menos eu pudesse te abraçar de corpo e alma,
Coração, vê se te acalma, outro amor não me convém.
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