sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Corpo e Alma

                                                        À amiga Beatriz Cruz de Sá


Dias em silêncio, noites de ternura,

Nestas armaduras, que chamo de corpo,

Tu estendes um lenço, sabes que a vida é dura

E que não há bravura que me cure por dentro


Muito foi falado, pouco me foi dito,

E eu corri perigo, só porque sentia tédio.

Muito foi falado, nada foi ouvido,

Meu ópio favorito é a ausência de remédio.


Mas você permanece, em silêncio, ao lado meu

E já não tenta amar outra pessoa, que não sou.

Renovo minha prece, vou negociar com Deus,

Aceitar que aconteceu e esquecer o que passou.


Se ao menos eu pudesse te abraçar de corpo e alma,

Concordar, com calma, que estes males vem pra bem.

Se ao menos eu pudesse te abraçar de corpo e alma,

Coração, vê se te acalma, outro amor não me convém.



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