segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

De Outrora

                                                                       Ao Amigo Matheus Oliveira


Amigo, confesso que sinto saudades,

Não deste que tu se tornastes, jamais,

Daquele que há muito deixastes pra trás,

Convencido de não possuir qualidades


Tu, o de outrora, de tantos assuntos pendentes,

Grosseiro a seus modos, omisso, de certa forma pedante,

Que mesmo afundado em mau humor ainda era interessante,

Que destes lugar a esta figura, de tédio completo e evidente


Tu, o de outrora, de tantos amigos e amores

Que nunca negava abrigo, cerveja e poesia

Que ainda conversava, com tudo que conseguia...

Hoje escondido em receios, enclausurado em rancores.


Vê se volta a ser quem era, ou ao menos tenta,

Pois nossos amigos lamentam teu presente conturbado,

No fundo, tu bem sabes, que és melhor ao nosso lado

Vem e escreve logo, sobre a saída da tormenta.


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