domingo, 12 de dezembro de 2021

Promessa

Em certas noites, tudo em mim queima por dentro

E eu vou buscar o alento destes velhos conhecidos,

Amores esquecidos, coisas de outros momentos,

Frágeis monumentos destes tempos já perdidos.


Sei que sou amargo, tantas vezes me arrependo,

Mas não vou viver sofrendo a minha segunda vida,

Vou buscar outra saída, vou continuar crescendo

E florescendo estas poesias tristes e sem cabimento.


Este, aquele ou qualquer outro, nada disso diz de mim,

Só quem fica até o fim tem direito de falar...

Previsões pra descartar, só eu sei a que vim,

E não há arcanjo ou serafim que hoje possa me parar.


Não volto a ser quem era, vou continuar mudando,

Pouco a pouco acrescentando outras faces nesta peça,

Só quero o que me interessa: endoidar de vez em quando,

Sem deixar um memorando, sem fazer qualquer promessa.


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