Em certas noites, tudo em mim queima por dentro
E eu vou buscar o alento destes velhos conhecidos,
Amores esquecidos, coisas de outros momentos,
Frágeis monumentos destes tempos já perdidos.
Sei que sou amargo, tantas vezes me arrependo,
Mas não vou viver sofrendo a minha segunda vida,
Vou buscar outra saída, vou continuar crescendo
E florescendo estas poesias tristes e sem cabimento.
Este, aquele ou qualquer outro, nada disso diz de mim,
Só quem fica até o fim tem direito de falar...
Previsões pra descartar, só eu sei a que vim,
E não há arcanjo ou serafim que hoje possa me parar.
Não volto a ser quem era, vou continuar mudando,
Pouco a pouco acrescentando outras faces nesta peça,
Só quero o que me interessa: endoidar de vez em quando,
Sem deixar um memorando, sem fazer qualquer promessa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário