São muitos anos para trás, tantos quanto os que vão vir
Eu sei que te fiz chorar, mas sei que te fiz sorrir
São muitos anos de nós dois que se estendem a tantos outros
E tudo que eu quis te dizer em meio aos pensamentos soltos
O tempo se prolonga de maneiras misteriosas
A gente ainda vai passar por muita coisa nessa vida
Em meio a tanto mar, enxergando apenas rosas
Haveremos de encontrar alguma coisa que divida
O que somos para nós, o que é eu e você
Há tantos anos se apoiando na incerteza do futuro
Tudo no mundo é muito pouco para a gente se perder
Tudo aquilo que vier é tudo aquilo que eu aturo
Vamos manter como está por mais uns anos complicados
A arte de reparar estragos com a leveza da tormenta
Um dia a gente acerta a mão, um dia a gente larga os fardos
Um dia a gente encontra o meio que nos complementa
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
domingo, 20 de dezembro de 2015
Ano Velho
Devo não pensar nisso, devo não pensar em nada
Devo resguardar-me em meio aos travesseiros
Devo acalmar a minha alma apavorada
Devo desfazer a essência destes devaneios
Devo aceitar meu peso, devo ser mais leve
Devo entender que causo atrito em vários meios
Devo te olhar com calma, te poupar do estresse
Devo realizar sozinho todos meus anseios
E deixar que a noite passe, que o dia mude
E que a solidão se vá mais naturalmente
Aceitar meus dias ruins, tentar ser menos rude
Acalmar os nervos, seguir meus pés pra frente
Devo entender enfim que o meu papel no mundo
Aceitar que o fim chegará pra tudo
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Final Feliz
O que se passa na cabeça de quem põe tudo a perder?
E o que motiva a continuidade do que já não faz sentido?
São tantas almas, tantas bocas, pra que mesmo se prender?
É tanto apreço, tanto afeto, estará o amor perdido?
Confunde-se presença e companhia, entregar-se e estar aqui
Erra-se ao dizer que és o único ou especial
Não há nada de novo em mim, nada sólido em ti
Chegarás tudo ao fim, como em qualquer outro casal
Se os retornos vêm em frente, tomarás outro caminho?
Se te cedem a mão boa, agarrarás com planos vis?
Se te abrem os braços, acerta em cheio o coração?
Não é surpresa estar aqui e acabar de vez sozinho
Já que iludes e se ilude na ilusão do que tu quis
Amarga outro desengano, recolhe-se na solidão.
E o que motiva a continuidade do que já não faz sentido?
São tantas almas, tantas bocas, pra que mesmo se prender?
É tanto apreço, tanto afeto, estará o amor perdido?
Confunde-se presença e companhia, entregar-se e estar aqui
Erra-se ao dizer que és o único ou especial
Não há nada de novo em mim, nada sólido em ti
Chegarás tudo ao fim, como em qualquer outro casal
Se os retornos vêm em frente, tomarás outro caminho?
Se te cedem a mão boa, agarrarás com planos vis?
Se te abrem os braços, acerta em cheio o coração?
Não é surpresa estar aqui e acabar de vez sozinho
Já que iludes e se ilude na ilusão do que tu quis
Amarga outro desengano, recolhe-se na solidão.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Delírio
Outra noite para mais outros olhares
E tantos braços que me acolhem em silêncio
Os lábios cerram, não há tempo pra pesares
Toma meu corpo, une ao teu, causa o incêndio
São vários nomes que atravessam esses tempos
São várias sombras que reclinam-se à minha
São vários donos que ocupam estes assentos
São várias vozes pra essa noite tão sozinha
Ocupo-me para você não se ocupar
Espalho-me pra você não se prender
Estranho-me para você não se anular
Disfarço-me para você não se perder
Que vale a ti mais outro corpo ou outro nome?
Sou só outro qualquer que a noite traz
E quando a noite acaba a gente some
O dia nasce pra você e outro rapaz
Todos os nomes durariam pouco tempo
Todas as sombras te deixaram aqui sozinha
Não terás dono, nem carinho, nem alento
A última mão que lhe sobrou é só a minha
Ocupando-se pra você não se ocupar
Espalhando-se pra você não se prender
Estranhando-me, isso é se anular?
Disfarçando-me pra você não me perder
E tantos braços que me acolhem em silêncio
Os lábios cerram, não há tempo pra pesares
Toma meu corpo, une ao teu, causa o incêndio
São vários nomes que atravessam esses tempos
São várias sombras que reclinam-se à minha
São vários donos que ocupam estes assentos
São várias vozes pra essa noite tão sozinha
Ocupo-me para você não se ocupar
Espalho-me pra você não se prender
Estranho-me para você não se anular
Disfarço-me para você não se perder
Que vale a ti mais outro corpo ou outro nome?
Sou só outro qualquer que a noite traz
E quando a noite acaba a gente some
O dia nasce pra você e outro rapaz
Todos os nomes durariam pouco tempo
Todas as sombras te deixaram aqui sozinha
Não terás dono, nem carinho, nem alento
A última mão que lhe sobrou é só a minha
Ocupando-se pra você não se ocupar
Espalhando-se pra você não se prender
Estranhando-me, isso é se anular?
Disfarçando-me pra você não me perder
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