segunda-feira, 20 de abril de 2020

Soneto pra nós dois

Irrompe o continente americano, a bruma mística,
O delírio estático que emana dos casais apaixonados
E em cento e vinte minutos, muito bem passados,
Afunda, no Oceano Atlântico, toda a silogística.

Não há bom senso que explique a conjuntura.
A vida é dura para quem se lança ao mar
E em qualquer primeira vista quer amar,
Como se não restasse outro tipo de aventura.

Veja bem, eu sempre me agarro à chance,
Qualquer caminho leva, sempre, a algum lugar...
E não importa muito o que é que vem depois.
Veja bem, talvez haja um caminho pro romance,
Porque a vida fez questão de me levar
A escrever este soneto pra nós dois.



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