quarta-feira, 22 de abril de 2020

Soneto ao Desengano

Preciso de todo controle do mundo,
De dias de sol e de noites de estrelas.
Palavras tão belas, não posso contê-las,
Derramo o excesso que pesa-me os ombros.

Sombrios os dias de nossa existência.
Janelas fechadas não renovam os ares,
Derrama-se o choro de tantos pesares
E recomeçamos, diante de escombros.

Tu sabes, como eu, dos fins das semanas
De sombras na sala, vazias de amor,
Tentar, tudo em vão, pra ver se te enganas...
Vem, que eu te teço minhas lendas e planos,
Te levo comigo, pr'onde quer que eu for,
Não há tempo pra enganos, não é hora de dor.

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