sexta-feira, 26 de agosto de 2016

DL

Eu não tenho palavras pra expressar os fins de noite
O amanhecer me deixa frágil, talvez seja isso mesmo
Não reconhecer direito o que é a dor e o que é o açoite
Não saber se sigo em frente ou se só caminho a esmo

Certamente a mudança vem com o tempo que se vai
E as dúvidas de outrora vão perdendo a importância
Parece que a incerteza desmedida nos atrai
Mas tudo isso vai sempre perdendo a relevância

Não reconheço amargura nas máximas de hoje em dia
Me encontro muito mais em um realismo envergonhado
Em que eu sei o que fazer, mas prefiro nem tentar
As experiências moldam a nossa sintonia
A gente se esbarra em memórias do passado
E dá adeus pra tudo o que não vale continuar

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