Até poderia ser pela falta de sorte,
A falta de uma chance, pela falta de aviso,
Por faltarem contigo, e que pouco isso importe,
Mas no fundo tu sabes: não é nada disso.
Poderia até culpar o mundo, que sequer se pensa,
Mas tu que se pensa e se sente, não se culpa e se ressente...
Se não dormes o sono dos justos, então de nada compensa,
Mordido em silêncio profundo, de quem cala e consente.
Poderia até ser pela indústria que massacra o autor,
Pela sociedade que oprime teus companheiros,
Ou pelo carma do que fizestes, também.
Por aquilo que escolhestes, seja lá o que for,
Ou o que não escolhestes, de modos grosseiros,
Mas é a tal da resiliência, que você não tem.
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