domingo, 22 de novembro de 2020

Coisas que faço, pois vivo, que faço pra poder viver.

Estas coisas que faço, nas quais gasto meu tempo,

Sem qualquer traço de paixão ou de intento,

As coisas que faço, já nem tocam meu coração,

Mas faço, como se não me restasse nenhuma opção.


As coisas que faço, nem queria fazer,

Faço-as, enquanto o sol segue seu curso,

Faço-as, sem crer em retorno ou recurso,

Sigo fazendo-as enquanto viver.


E, afinal, faço-as sem propósito ou questionamento,

Como se a condição imposta fosse imposta, de fato, 

E detenho o protesto que minha alma ainda pensa em fazer.

São coisas que faço, criadas na inércia do tempo, 

Que nunca me dizem nada, nada de imediato, 

Coisas que faço, pois vivo, que faço pra poder viver. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário