Ampulhetas, ampulhetas de um tempo errado,
Das luzes mais brilhantes que cegaram os vagalumes,
Arte que já não se nota em um mundo fragmentado
E só vai desafogar devido a força do costume.
São questões obsoletas, mas é tudo o que eu tenho,
As perguntas que não calam tem que ter encerramento...
A glória que nunca veio, em detrimento deste empenho
De manter-me vivo a noite, condensando o pensamento.
Ah, estas pobres borboletas vão morrer com a luz do sol
O bater das asas move, mas o sonho não se sustenta,
Só lhes restarão as cores, conservadas no formol,
E a imposição do belo, da forma mais violenta.
Nem poetas, nem cometas, nem qualquer revolução,
As frases de maior efeito hoje estampam camisetas,
Românticos, modernos, pós-modernos, tudo em vão,
Todos estão condenados a morrer nas baionetas.
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