A certa hora, descanso os olhos
Mesmo de luzes acesas, descanso-os
E a noite aprofunda-se, incerta,
Mas tudo se passa lá fora.
Chia, por baixo da porta, uma verdade
Sobrenaturalmente imposta,
Toda escuridão é imensa
E as sombras crescem dentro de nós.
Há medos que são como pragas,
Destroem os nossos jardins,
Cobrem as nossas janelas e logo não vemos
Nada, nada além deles.
Estou certa de que minhas sombras
São parte do escuro do mundo,
Pois quando descanso os olhos
Vejo outras luzes acesas.
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