domingo, 3 de dezembro de 2017

Comum

Toda explicação possível não explica quase nada
Somos só um acidente que teima em se repetir
Ao final de cada noite, procurando pra onde ir
Procuro a resposta certa para a pergunta errada

Vem a tempestade, a fúria e o destino é transitório
Minha pele que recorda o peso de cada velho toque
Como precipitar-se as águas e pedir que não sufoque
O amor carrega sempre um sofrimento compulsório

Tudo anda misturado, não dá mais pra distinguir
Outro dia a gente tenta explicar a solidão
E quem sabe em devaneio encontrar a solução
Pra tudo que se sente mesmo sem querer sentir

Todo dia apresenta outra falha no roteiro
A gente vai seguindo a vida e não entende quase nada
E o que é que nos importa após outra madrugada
Duvidar de qualquer coisa é o que me faz inteiro

Tanta coisa entrelaçada nessa imensidão comum
O mistério desvendado traz somente outro mistério
E os castelos ilusórios vão caindo um a um
Não há nenhum motivo pra levar tudo isso a sério

Tanta coisa entrelaçada sem nunca se completar
E essa gente que aponta sem mostrar outro caminho
Toda medida possível pra não se sentir sozinho

Aceito qualquer coisa que possa melhorar

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