Amanso a tempestade que vive dentro de mim
Venho engrossando a pele pras camadas de sujeira
O peso de existir em meio à vida corriqueira
Curioso pra saber se algo da certo antes do fim
São dias de silêncio e madrugadas entre escombros
E a fria companhia dos delírios abstratos
Questiono qual é mesmo a natureza dos meu atos
Se sempre sobra tanto desalento aos meus ombros
Será que eu me machuco só pra ver se isso estimula?
Se acende alguma luz pras novidades do futuro
Ou alguma coisa boa, porque eu já não aturo
O preço ainda é muito alto e a queda ainda é muito dura
Então a vida continua, então deixa chegar o outono
Que as cores fiquem mais fortes pra reanimar o olhar
Amanso a tempestade que pode sempre desabar
Aguardo o que vier depois de horas do meu sono
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