No final das contas quem é que paga as contas?
Eu vivo nessa espera do que vem logo a seguir
O eterno desespero, sem saber o quanto vale
O quanto custa a minha ausência, o quanto ganho estando aqui
Será mesmo indiferença esperar que o mundo pare?
Será que é mesmo necessária a minha palavra no final?
Se é muito igual ou diferente, o que muda nisso tudo?
Eu mudo as coisas de lugar mas é tudo tão banal
As coisas mudam de lugar e o que muda nesse mundo?
Eu rasgo o véu e mostro a face para um mundo que é doente
E a gente peca novamente esperando não pecar
A gente corre atrás de tudo, agarra o mundo pelo dente
Eu faço as coisas certas sabendo que irei errar
No final das contas quanto eu devo de consumo?
Vale mais o que eu não tenho do que o empenho em conquistar
Sigo a sina, assino o cheque, será que isso mostra rumo?
Sigo a ordem misteriosa: sempre ser, nunca estar
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