domingo, 30 de janeiro de 2011

O Muro

"Tinha toda a vida diante de mim, fechada como um saco, e entretanto tudo quanto havia lá dentro continuava inacabado.
Tentei, num momento, julgá-la. Quisera dizer: foi uma bela vida.
Mas não se podia fazer um julgamento, pois ela era apenas um esboço; havia passado o tempo todo fazendo castelos para a eternidade, não compreendera nada.
Não tinha saudades de nada; havia uma porção de coisas das quais poderia sentir saudades, (...); a morte, porém, roubara o encanto de tudo."

Jean-Paul Sartre . O Muro

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