segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Senti o frio, o abraço vago que a morte oferecia,

Senti o frio, o abraço vago que a morte oferecia
No horror da noite, vi na sombra do passado
A ilusão do amor jamais vivido antes
Do sonho terno que teu corpo me propõe.

Súbito cessaram as máquinas, a obra poética,
Os planos herdados de apreço e desilusão,
O indulto dos mortos e o ardil dos Deuses,
A vida que tua luz não iluminava e que a mim foi tudo.

Pois o amor, enquanto arte, é um sonho quente,
Como uma valsa que repete noite a noite, 
Mas não aquece e nem renova o coração.

Somente tu é que acende o que não queima,
Só teu beijo recompõe minha vontade,
Só a ti amo, como nunca amei ninguém.


 

Um comentário:

  1. você foi, e é muito amado! não me refiro a nenhum romance brega derivado da tentativa de esquivar-se de uma infinita solidão.

    este amor transcende o tempo e a materialidade - e mesmo assim não importa quem eu seja, apenas fique com essas palavras...

    morrer e continuar vivendo e um fardo terrível que, nos os inquietos levaremos para a eternidade...

    me contaram essa semana que coisas maravilhosas acontecem quando estamos no presente, eu não sei; não estava lá!

    se por ventura você for a este lugar conte-me o que sentiu.
    a corrente de vida que preenche o seu ser foi um acalento para minha alma, e ainda sim tem sido difícil

    morrer e continuar vivendo...

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