sábado, 1 de fevereiro de 2020

IV

Como a triste melodia que teima sempre em repetir
Eu vou empurrando os cacos de minha vida pela estrada
E fugindo do ideal, nutrindo a dor romantizada
Assisto novamente minha ilusão ruir

Segui em frente, crendo em sonhos tão reais
Então acordo de repente, solitário e indisposto
Vou enfeitar a história desse amor e seus sinais
Mas não posso disfarçar o amargo riso de meu rosto

Foi tão doce a tua aurora, meu romance derradeiro
Acendeu em mim as luzes que há tanto se apagaram
Me fez crer que era possível finalmente ser feliz

Se pedisse pra ficar, entregaria-me por inteiro
Mas seus olhos me confessam: seus esforços já cessaram
Resta apenas um adeus ao amor que eu tanto quis

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