Venho corrigir um erro antigo
E impor limites à tua descompostura.
Chega a noite e tu rende-se ao perigo
À selvagem e inconstante forma pura.
Tu crês que sempre podes mais,
Mesmo que tudo em ti lhe peça menos.
Sei que amas todos os venenos
E já nem pensas que os danos são reais.
Mas afirmo, tudo em ti decai,
Enquanto, louco, tu festejas outro dia
E morre um pouco ao levantar-se de manhã.
Essas feridas mostram o corpo que lhe trai
E só lamentos hoje soam de quem ria.
Até quando vais viver a vida vã?